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segunda-feira, 25 de maio de 2020

ALMA CIGANA

Tem umas duas semanas sonhei com uma cigana que dançava com muita leveza e alegria, ao observar seu rosto fiquei surpresa, ao reconhecer nela, o meu próprio rosto.
Acordei com uma agradável sensação de bem estar, ao procurar na memória detalhes e significado para o sonho senti vontade de escrever e registrar o que estava sentindo.

Ontem, ao pensar em preparar um novo post lembrei do que havia escrito e decidi que seria a nova postagem.
Para ilustrar a postagem eu poderia pegar uma imagem na internet, mas desejei algo mais fiel a sensação que o sonho me deu.
Por isso, não pensei duas vezes, contei o sonho e ideia ao meu neto Kalel vesti uma roupa mais alegre, peguei um lenço e saí rodopiando pelo quintal.
Foi uma sensação muito boa, sem contar que o neto se divertiu, assistindo e fotografando.

Então, hoje te faço um convite:
Feche os olhos, aguça os sentidos e dance comigo!

                                                                                       
"Oh, alma Cigana! Rodopiando ao som do vento, em meio a cores e aroma de  alecrim.
Reverbera aos meus sentidos, tua energia de luz e alegria.
Assim, vou desatando nós, me desfazendo de rótulos, liberando  compartimentos internos e deixando o ar movimentar a energia estagnada.
Desapego. Perdão. Aceitação. Liberdade!

Oh, alma Cigana! Alimenta minha intuição, o despertar das minhas faculdades internas, minha conexão com a mãe terra e com o Sagrado que habita em mim.
Que eu me preencha dessa tua fluidez, dando asas a minha espontaneidade, aos meus sonhos - gestando novas formas  e parindo nova mulher - cada vez que se fizer necessário.
Purificação. Transformação. Renascimento!"

domingo, 3 de maio de 2020

PALAVRAS-SEMENTES

E as palavras caminham por aí, como transeuntes sem rumo.
Algumas cheias de incertezas, medo, raiva.
Outras prontas para falar de amor, esperança, luz.
Tropeço várias vezes ao dia em várias delas - escritas ou faladas - algumas são como gritos aos meus ouvidos, machucam minha sensibilidade. Vazias, desprovidas de bom senso, rudes, disseminando o medo e a raiva.
Outras me chegam tão mansas, espalhando bondade, fé, dando alento ao meu coração.

É certo que escolho ler e ouvir o que me agrada, que condiz com meu pensamento, minha crença, mas é certo também que todas elas estão aí, aos montes e querendo ou não chegam até mim.
Nessa hora preciso silenciar e usar meu filtro interno, para acolher só aquelas que me representam.
E eu que já não vejo noticiário na TV há muito tempo, tenho me poupado de ver também pela internet.
Pois como escreveu Rubem Alves:
"As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos."

Que saibamos, diante de tudo que está acontecendo, usar as palavras com sabedoria.
Não deixando a dureza do outro impedir nossa delicadeza com a vida, com o próximo e consigo mesmo.
Sejamos condutores de palavras amenas, que confortam, revigoram, acolhem.
Vamos espalhar palavras-sementes, perfumadas, leves, coloridas e melhorar os olhos de quem passa por nós...

(Sônia)
                               Foto de Roze A.