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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

AMOR NA SIMPLICIDADE

Meu neto mais novo tem 3 anos, é um menino muito extrovertido, falante, com uma energia de dar inveja.
O neto mais velho tem 09 anos, é um menino muito amoroso e carrega no olhar uma ternura imensa.
Sempre que tenho oportunidade procuro fazê-los observar a natureza, na tentativa de despertar neles uma conexão com o verde, o respeito pelo meio ambiente.
Por isso, juntos, fazemos coisas simples, como pisar nas sementes secas caídas nas calçadas - aquelas que fazem crec - eles adoram.
Abraçamos árvores, admiramos pássaros, o céu, conversamos com as flores, fazemos escalda pés com ervas que colhemos na pequena horta que tem no quintal da casa da minha filha.
Como são crianças, sempre  pegamos, duas folhinhas de hortelã e uma de capim cidreira, para cada um deles.
Encho a bacia com água morna e eles já correm colocar os pés.
Além de ajudar a relaxar e acalmar, também desperta na criança o interesse pelas ervas e seus benefícios.
A cidade que moro tem vários ipês, amarelos, brancos e rosas.
A cidade fica florida por dias e dias. Sempre paro com eles para admirar um ou outro.
Os amarelos são vários espalhados pela cidade, por isso meu netinho, assim que vê um já diz: olha vó, o ipê amarelo.
E eu, me sinto muito feliz por compartilhar desse encanto com eles.
Como dizia Manoel de Barros: "...Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.”
É assim que quero marcar a infância dos meus netos, com o encantamento por coisas simples, que se abrem diariamente diante dos nossos olhos e torna nossa vida mais leve e bela.
Isso também é uma forma de falar e demonstrar amor.

"Que nessa primavera, possamos nos encantar inúmeras vezes  com o simples - ainda que muitas vezes efêmero - aquele momento único que enche nossos olhos de prazer."

              Uma ótima primavera a todos!


                                  Fotos que fizemos juntos



domingo, 1 de setembro de 2019

INTEIRAMENTE

Não, eu não quero uma vida em preto e branco. Eu quero uma vida repleta de cores, amores, sorrisos.
Quero colher ternuras nos meus dias, com a simplicidade de alguém que recolhe a roupa do varal num dia de sol.
Quero ser capaz de regar a minha vida - a sua e de tantos outros - com muito amor.
A vida é muito curta para ser deixada em segundo plano, ao acaso.
Por mais que algumas noites sejam longas e escuras, não quero nunca deixar de acreditar que o sol nasce pela manhã, trazendo luz e novas oportunidades.
Quero chão sob meus pés, quero o vento despenteando meus  cabelos e soprando na minha cara lavada.
Quero a vida pulsando, não apenas no meu peito em ritmo de tic-tac. Quero que ela pulse na minha alma - nas minhas emoções, na minha voz, nas minhas mãos - como o som que sai do tambor - forte, cadenciado, vibrante.
Ando cansada do marasmo de sentir pequeno, de calar o que penso e sinto, de fazer a santa.
Quero o eco para a poesia que grita por meus sentidos.
A efervescência para os sonhos que acalento.
Quero a vida! Transbordando de mim, para mim.
Porque ninguém merece viver pela metade.

(Sônia A.)

(Foto de Euclides)