"Hoje me olhei no espelho e analisei meu rosto,não em busca dos sinais do tempo, mas tentando observar os traços de quem exatamente fui até aqui.
Depois fechei meus olhos e fui passear por minha alma.......... percorrendo o caminho do auto conhecimento deparei com minhas lembranças.
Algumas estavam embaladas em sorrisos, sonhos, inocência........outras,percebi,haviam sido embaladas de qualquer jeito,talvez na tentativa de serem esquecidas mais rapidamente.
fui desfazendo os embrulhos com carinho.......relembrando,sorrindo,chorando.... confesso que diante de alguns,me surpreendi por perceberem que ainda estavam ali,esquecidos no fundo da gaveta memória,talvez seja por isso que as vezes me sinto tão pesada, mas a medida que eu os abria,tornaram-se livres para irem embora............
Fazendo isso,criei espaço para a quietude, e muitos sentimentos e pensamentos, deixaram de fazer barulho dentro de mim.
Abri as janelas dos sentidos, deixei a luz entrar e me inundar.......... de clareza e leveza pela vida."
(Soninha 4 estações)
Uau!
ResponderExcluirBelíssimo!!! Fui "ilustrando" cada palavra do seu texto, me vendo na frente do mesmo espelho em busca de algo embrulhado... Mas, fiz essa faxina há um tempo e confesso que a liberdade e a luz que nos invade depois, é muito melhor que cada embrulho escondido. A paz reina soberana e voltamos a erguer ombros e cabeça.
Parabéns pelas palavras.
Um ano de muitas bênçãos e vitórias pra vc e os seus.
Abraços esmagadores.
Nossa que lindo!
ResponderExcluirTambém costumo fazer uma certa faxina. Antes, conseguia jogar alguns pesos fora, arejar uns cantinhos, florir outros...
E após cada faxina, seguia mais leve, com a alma mais clara. Hoje, tiro pó de gavetas emperradas, vasculho bem no fundo e não consigo tirar toda sujeira e inutilidades escondidas em cantos sombrios... Mas sou persistente, gosto de limpeza, continuo a fazer faxina. Hora ou outra, entrará a luz e o perfume das flores.
Beijos, parabéns por sua sensibilidade ao escrever.
PS, pouco a pouco vou lendo seus escritos.