Neste encontro, usamos um lindo texto que nos permitiu falar das nuances que possuímos.
Somos uma mistura de mel e fel,luz e sombra,que se esbarram diariamente,por isso é tão importante reconhece-los e não camufla-los no desejo que possuímos de perfeição.
Percebemos que também possuímos asas,mas que elas se retraem diante da dor,do medo de arriscar,das ideias pré concebidas,da pressa, da falta de humor.
Reconhecer nossas asas,despertou em nós o desejo de voar mais alto,através dos nossos sonhos, desejos...que podemos revolucionar sim, o jardim da nossa alma,da nossa vida,adubando sementes que ainda não germinaram,lançando sementes novas,sem cobrar do tempo a urgência que vive em nós...respeitando os ciclos e nossos limites.
Lembrando que asas só nos permitem voar,mediante esforço próprio,caso contrário se tornam âncoras.
Abaixo compartilhamos o texto, que nos inspirou de forma tão positiva.
AVISO ÀS BORBOLETAS ( Jorge Miguel Marinho )
Rompi minha crisália!
Agora sou uma borboleta feliz e ansiosa que fia com urgência a sua história. Sei que a minha experiência é breve e preciso projetar para o mundo o tempo em que hibernei.
No meu ciclo de larva eu já colhia tudo - a metamorfose das cores, o vento necessário, a experiência do mel. Involuntariamente eu me construia para o centro, sugava com as patas a seiva das plantas, me preparava para o dia de voar. Mal podia supor que as minhas asas seriam essa tatuagem de todas as formas, sobreposição de escamas cintilantes igual a um telhado suspenso no ar.
Asas, minha enseada, minha perdição.
Acho mesmo que minhas antenas aguçadíssimas e os olhos sensíveis ao som, vieram dessa minha vontade de ir sempre além.
É arriscado voar e é por isso que eu voo. Sou atraída por novas montanhas e desconhecidas planícies - não posso esperar porque o tempo que me pertence é uma única estação. Voo para estar na aventura do voo e voo também pelas borboletas domesticadas que perderam a ousadia de voar. São asas que se tornam apenas ombros, e "ombros suportam o mundo", como o poeta escreveu.
Voo, voo sim!
Simples, a minha natureza é cheia de círculos, de quebra planos, de espirais. Não tenho nada a ver com o voo em linha reta, sou responsável por mim e pela aventura de outras borboletas. Afinal, voar, simplesmente voar é com os pássaros, e inverter o rumo das coisas, migrar sem descanso no horizonte da procura, é com as borboletas.
Por isso, a minha história, aconteça o que acontecer, só deve valer a pena para quem sabe que toda a verdade é sempre um pedaço de uma outra coisa e que o voo mais urgente é revolucionar os jardins.
Verdade,temos asas,somos responsáveis pelo voo e pelo pouso,temos que sonhar,arriscar, afinal como diz o texto,a vida é breve. (Roze Adriano)
ResponderExcluirQue belo texto, imagino que o encontro deve ter sido muito bonito.
ResponderExcluirBjs
Abrir as asas muitas vezes é deixar o medo de lado e ousar.
ResponderExcluirbjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
OLá! vim retribuir a visita e fiquei encantada...o blog parece um cantinho aberto para bem receber...o texto, a música , o conteúdo...bom demais! com certeza virei mais vezes aqui! beijos
ResponderExcluirOlá, fico feliz que esteja nos seguindo, espero que o conteúdo do blog seja útil a vocês. Muito Obrigada!
ResponderExcluirAbraço
Oi, amadas ! Lendo este texto e ouvindo esta música fica quase impossível não viajar no passado. Quantas vezes a vida quebrou nossas asas, e tivemos que nos esforçar muito para que elas crescessem novamente ? Quem conseguiu hoje pode voar por entre os campos de paz e os morros de inquietação, sai de um para outro com a facilidade de quem já sabe que nada é eterno. Tudo passa ! Beijos no coração de todas !
ResponderExcluirSonia Buzanello