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domingo, 14 de setembro de 2014

“7º ENCONTRO”
                
O encontro desse mês foi muito gratificante. O grupo tem crescido não apenas em novas participantes, mas principalmente em relação a desenvoltura do assunto e da nossa análise interior.

Usamos, desta vez, um conto do zen budismo e iniciamos com uma meditação conduzida por uma amiga do grupo, onde pudemos nos harmonizar e nos colocar a vontade para falar das portas que permitimos que permaneçam fechadas na nossa vida, as quais muitas vezes nem percebemos.

Nos questionamos e procuramos em nós tudo o que nos aprisiona. Medo, vergonha, insegurança e culpa são algumas das questões que foram abordadas.

O que nos trouxe a percepção de que algumas fases que vivenciamos já cumpriram seu ciclo e por estarmos focadas no que significaram, não compreendemos que a porta se abre de dentro pra fora e para tal, há de se ter coragem e um novo olhar para perceber o momento de sair por elas.

Ao final usamos uma visualização da transmutação pelo fogo sagrado, para nos ajudar a soltar as amarras que nos limitam.

Abaixo, o texto que elucidou nosso encontro.

“A FALSA PRISÃO”

Em um mosteiro Zen, um monge novato estava agindo de forma rebelde às normas do local, causando um certo tumulto. O mestre, percebendo o desconforto da comunidade dos monges, resolveu chamar a atenção do monge rebelde determinando-lhe que ficasse num alojamento a parte para que refletisse sobre a sua conduta. Contrariado, mas obediente, o monge aceitou a ordem e foi levado ao tal alojamento.
Passaram-se algumas semanas e o monge ainda estava no mesmo aposento, onde lhe levavam diariamente comida e água que eram deixadas em uma abertura da porta. Todo esse tempo de enclausuramento fez com que chegasse à conclusão que havia de fato passado dos limites com aquela atitude de rebeldia. Estava realmente arrependido.

O tempo passava e já fazia alguns meses que o monge estava lá, quando começou a se inquietar e pensou, indignado: "Sei que abusei da minha liberdade, mas não acho que minha atitude tenha sido tão grave ao ponto de ficar tantos meses trancafiado nesta prisão. Agora quem passou dos limites foram eles. Não vou mais aceitar tamanho absurdo. Vou sair daqui imediatamente, nem que eu tenha que arrebentar esta porta."

Neste momento, o monge se aproxima da porta e, numa atitude enraivecida, tenta forçar a tranca da porta para arrombá-la logo em seguida. Ao fazer isso, a porta se abre sem qualquer esforço de sua parte. Espantado, o monge nota que a porta estava aberta durante todo o tempo em que permanecera ali! 



Imagem Google

5 comentários:

  1. Nossa, linda reflexão...quantas e quantas vezes fizemos o mesmo, não é verdade? quando falamos que a culpa disso é por causa do outro...uauuu...passar por aqui é sair mais rica de alma! amei! beijos!

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  2. É,a porta está aberta o tempo todo,mas vivemos cegos com preocupações cotidianas,com culpas,medos e tantos outros sentimentos que nos aprisiona.
    Adorei!
    (Roze Adriano)

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  3. Com este encontro abri mais uma porta em minha vida....
    Serei eternamente grata por esta oportunidade...
    Vania Padovan

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  4. As vezes acontecem coisas em nossas vidas e nos assustam tanto que passamos a mante-las em um compartimento bem escondido em nossos corações. Lá permanecem por muito tempo até que somos desafiados pela própria vida a encará-las novamente. Surgem as mesmas dores, as mesmas incertezas e vivenciamos tudo novamente para poder encara-las e colocar um ponto final definitivamente. Libertas dessa prisão emocional nos damos conta de que as portas nunca estiveram trancadas, nosso medo é que nos havia afastado do convívio tão enriquecedor que os atritos diários nos proporcionam. Viver a vida sem cobranças, sem medos e anseios nos faz pessoas cada vez mais fortes e sensíveis a cada dia. Sonia Buzanello.

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  5. Levei este texto para a aula de Ioga e o pessoal adorou.

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